sexta-feira, 25 de maio de 2012

O FUTURO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. [RESUMO/SEMINÁRIO]


Todos os responsáveis pelo comando de uma organização necessitam pesquisar sobre o futuro, porque têm que determinar um objetivo a ser atingido no longo prazo.
A regra geral tem sido: o executivo que acertar suas previsões, percebendo as constantes mudanças de rota do mercado, poderá conseguir muito dinheiro (exemplo: Bill Gates, da Microsoft). O executivo que errar, será substituído.
Mas, como não se pode contar com uma “bola de cristal”, tais previsões estão sempre sujeitas a diversos erros. Por isso que pensar no futuro dos Sistemas de Informação se faz necessário, pois são eles que garantem a sobrevivência das organizações e corporações de todo o mundo.

O Choque do Futuro
Nos anos 60, Alvin Toffler, sociólogo, realizou um estudo sobre o que se poderia esperar do futuro. Reconheceu algumas possíveis realizações: crescimento explosivo dos computadores, aparecimento do PC, agentes eletrônicos, realidade virtual, redes eletrônicas globais, gravador de DVD, TV a cabo, entre outras ideias consideradas absurdas. Seu livro, “O choque do futuro”, virou best-seller, a partir do momento que essas coisas começaram a concretizar-se. Aqui, choque refere-se à questão de que as pessoas não conseguem acompanhar o rápido desenvolvimento da tecnologia, bem como suas consequências: 1) sensação de estar perdido entre as máquinas, ou estar sendo “devorado” por elas (exemplo: filme “Tempos modernos”, de Charles Chaplin, referente à Revolução Industrial); 2) frustração de não saber operar os equipamentos, ocasionando erros; 3) incapacidade de acompanhar os cursos de reciclagem e treinamento – sensação de sou meio burro; 4) desemprego tecnológico, como resultado dessas não adaptações.
“A terceira onda”, também de Toffler, foi escrito nos anos 80, e apontou que ocorreram três grandes revoluções na história da humanidade: a) a Primeira onda, da Agricultura, há cerca de 10.000 anos, trouxe o alimento até as pessoas (nômades), possibilitando a criação de cidades; b) na Segunda onda ocorreu a substituição dos músculos humanos pelas máquinas, na Revolução Industrial, onde se tornou mais importante o cérebro do que indivíduos musculosos e fortes; c) na Terceira onda existe a substituição do cérebro pelas máquinas (ainda não totalmente consolidada), na Era da Informação ou Pós-Industrial. Essa Nova Era, com o reforço da Internet globalizada, veio para ficar.


Computadores e Internet geram desemprego?
Sempre que ocorrem revoluções tecnológicas, essa questão bastante antiga surge. Foi debatida no século XIX, durante a revolução Industrial; com a criação do computador Na Segunda Guerra; com a propagação do PC nas organizações, em 1982; e hoje, com a Internet.
            Numa primeira impressão, a tecnologia realmente gera desemprego, quando, por exemplo, um computador ocasiona a demissão de todas as pessoas responsáveis pelos cálculos da folha de pagamento. Porém, esse mesmo computador vai criar empregos novos (como engenheiros eletrônicos digitais, analistas e programadores, gerentes de informática, programadores de linhas de montagem, entre tantos outros).
É praticamente impossível separar a influência da tecnologia na geração de emprego. Partindo de uma visão macroeconômica, existem outras variáveis que se misturam na equação do desemprego:
  • Recessão, quando de repente as vendas começam a cair;
  • Crescimento populacional, quando a população cresce mais que as vendas (PIB) ao ano;
  • Mudança de hábitos de consumo, quando as pessoas param de fumar, causando demissão de funcionários da indústria do fumo e redução de impostos para o Governo;
  • Aumento de produtividade, como foi a criação da linha de produção por Henry Ford, o que exigia menos operários para montar os carros;
  • Guerras, que acabam com a economia, como na Europa, em 1943;
  • Mudanças naturais, como sumiram os peixes nas costas peruanas, anos 70, o que eliminou a indústria do pescado;
  • Maioria da população jovem, que não são absorvidas pelo mercado de trabalho, o que acontece em países subdesenvolvidos;
  • Erros educacionais, por exemplo, o Brasil, com número excedente de advogados e poucos técnicos especializados para indústrias;
  • Excessiva e cara burocracia governamental, consequência de legislação obsoleta, o que não estimula as organizações a contratarem funcionários formalmente (com carteira assinada);
  • Falta de incentivo para empresários abrirem novas empresas, por causa de instabilidade política e social, impostos exorbitantes, corrupção no Governo e na polícia, justiça morosa e inútil, sequestros e assaltos no geral;
  • Movimento migratório do campo e das indústrias para o setor de serviços, onde o destaque especial é no processamento das informações.
Existem pessoas que defendem a ideia de que são os computadores responsáveis pelo desemprego. Caso isso seja realmente verdade, para que a situação não fique fora de controle, é necessária a implementação de mecanismos compensatórios (como o seguro-desemprego).

Profissões Novas e Obsoletas
Mesmo que a Internet afete algumas profissões (vendedores, corretores, secretárias, bancários, telefonistas etc.), ela também fará surgir outras.
O que virá a acontecer é o desemprego tecnológico, onde entre a extinção e a criação de uma profissão, alguns indivíduos não se localizarão; alguns perceberão que sua especialidade não é mais procurada, enquanto outros não possuirão habilidades adequadas.
Boa parte dos desempregados, no geral os mais jovens, buscará reciclagem (procurando nova profissão ou atualização de conhecimentos). Os demais, no geral mais idosos, indispostos para assistir aulas, estarão sem emprego.
O fundamental é que os jovens optem por uma profissão baseados nos próximos 20 ou 30 anos, e não na situação atual. Quem escolher uma carreira baseado no que existe hoje, correrá o risco de ter de passar por uma reciclagem futuramente, caso queira manter o emprego.
As escolas também necessitam passar por esse processo de reciclagem. Alguns sindicalistas afirmam que essas escolas acabam por formar jovens destinados ao desemprego, uma vez que qualificam os estudantes para profissões que logo serão extintas.

A seguir são listados alguns cursos obsoletos:
  • Desenho Industrial baseado em régua, compasso e tinta nanquim;
  • Cursos de Contabilidade baseados em lápis, papel e calculadora;
  • Organização e Métodos em escolas de administração;
  • Cursos de Direito que ignoram a complexa realidade jurídica do mundo virtual;
  • Cursos de Medicina que ignoram o diagnóstico feito pela inteligência artificial.

As novas profissões do século XXI: 
  •  Administrador de sistemas de acesso à internet; 
  •  Administrador de sites da internet;
  • Administrador especializado em home banking e em transferência de fundos; 
  • Administrador especializado em marketing virtual;
  • Advogado, promotor e juiz especializados em internet;
  • Analista e programador especializados em redes internet; 
  • Analista e programador especializados em realidade virtual; 
  • Analista e programador especializados em linguagens HTML, DHTML e XML; 
  • Analista e programador especializados em banco de dados para a internet;
  • Economista e financista especializados em empresas virtuais;
  • Engenheiro de segurança da internet;
  • Engenheiro de telecomunicações via internet;
  • Engenheiro e técnico de redes intranet e extranet;
  • Engenheiro projetista de sites da internet;
  • Engenheiro projetista de hardware para a internet;
  • Engenheiro projetista de software para a internet; 
  • Filósofo, sociólogo psicólogo e pedagogo especializados em realidade virtual;
  • Matemático e estatístico especializados em sistemas dinâmicos complexos não lineares;
  • Médico, dentista e veterinário especializados em consultas e cirurgias pela internet;
  • Professor especializado em ensino virtual;
  • Web designer;
  • Webmaster;
  • White hacker.
O Grande Irmão
Em 1948, George Orwell (1903 – 1950), um escritor inglês, produziu um livro chamado 1984, mostrando uma sociedade em que a elite tecnológica ultra-eficiente (“O Grande Irmão”) controlava tudo, espionando a vida íntima da população e transformando os dissidentes em não existentes. Nos dias atuais, é possível perceber que os Governos criaram – e ainda estão criando – um número único para cada cidadão, permitindo juntar todos os seus registros (sejam estes financeiros, policiais, civis, etc.) em um único banco de dados federal. É o fim da privacidade individual. As escutas telefônicas, as invasões dos computadores por programas de agências de publicidade e do governo, o controle da conta bancária pela Receita Federal, abolindo o antigo sigilo bancário, e os satélites espiões rastreando a Terra o tempo todo são exemplos de um Grande Irmão ainda em sua infância.
O risco do Grande Irmão é real. E a razão é simples. Imagine um pequeno empresário que cria, na garagem de sua casa, como Steve Jobs fez com seu microcomputador Apple, uma indústria nascente. No início, Jobs controla tudo: a produção, as finanças, o marketing e a administração em geral. Seus funcionários são conhecidos e amigos. A burocracia é mínima.
Mas, seu negócio é um sucesso e ele começa a crescer. Já não consegue controlar tudo. Novos funcionários são contratados e a firma vai se expandindo. Os métodos informais já não funcionam. A empresa começa a ficar complexa demais, e entram então em campo a automação, os computadores, os robôs, os grandes Sistemas de Informação e os bancos de dados, coletando informações sobre tudo e todos. O Grande Irmão se instala como forma de o executivo manter o controle sobre a organização.
Na escala social, o fenômeno é semelhante. A população cresce demasiadamente, e os governos já não conseguem controlar massas como antigamente. Começaram, então, a criar os bancos de dados federais e a espionar cada vez mais a população. A TV, principalmente, encarrega-se do controle das mentes, conduzindo os pensamentos de acordo com os interesses das grandes empresas, com técnicas poderosas de estratégia. O Grande Irmão é resultado do agigantamento das instituições. Espera-se que no futuro este ambiente não seja ideal. Mas, já existem algumas pistas indicando essa direção. Exemplos concretos são o sistema Carnivore, do FBI, especializado em rastrear qualquer tipo de comunicação eletrônica, e o Echelon, um banco de dados ultrassecreto da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, que oficialmente não existe.
 
Integração das Mídias e a Comunicação Sem Fio
Em um passado não muito distante, Bill Gates afirmou que a tendência no futuro seria a integração, em um único equipamento, dos vários dispositivos de transmissão de voz, dados, imagem e som (como a TV), do computador, equipamento de som, câmeras fotográficas, telefone fixo ou celular e rádio AM e FM. Hoje se pode encontrar esse movimento nos telefones celulares e palmtops, tablets e outros aparelhos de última geração, que podem enviar e receber e-mails, receber e emitir voz, acessar a Internet, tirar fotos, sintonizar rádio, além de utilizar diversos outros aplicativos, etc.
 Junto com a integração das mídias, veio o mundo da comunicação sem fio (wireless), onde os equipamentos interagem por meio de ondas de rádio ou infravermelhas.  A alimentação energética se dá por minúsculas baterias solares, sem fios para ligar nas tomadas. Esse tipo de tecnologia já está presente em diversos equipamentos, como impressoras, telefones celulares, mouses, fones de ouvido, etc.

Divisão Digital
Divisão digital foi o nome dado para o fato de haver pessoas que não têm acesso nem à internet nem aos computadores, como analfabetos e as tribos africanas. A divisão digital é fruto do atraso econômico, quanto mais adiantado um país, menor a divisão digital.
No entanto, a Inglaterra viu uma maneira de reduzir esse problema, oferecendo um PC de US$ 1400 de graça para cada lar inglês, mas o beneficiado deverá usá-lo durante pelo menos 30 horas por mês, e a cada 20 minutos de uso verá 1 minuto de propaganda comercial.

Terceirizar ou Fazer em Casa?
Há duas possibilidades de gerenciamento de Sistemas de Informação, a primeira é ter uma estrutura própria, dentro do organograma da empresa, a segunda é terceirizar os serviços, por meio de empresa especializada.
A principal vantagem da terceirização é que a empresa poderá se dedicar melhor ao seu core business, ou objetivo, deixando a complexa tarefa de administrar os sistemas a cargo de uma empresa especializada. Isso evita o consumo de energia mental em atividades alheias à finalidade da empresa, caso contrario, ela terá de se especializar também em Sistemas de Informação. A empresa deve terceirizar o desenvolvimento do Sistema de Informação quando uma companhia acredita que pode cortar gastos, quando as oportunidades para que a empresa destaque competitivamente em função de determinada operação de sistemas de informação ou aplicação forem muito limitadas, quando a terceirização não tira da empresa o saber técnico necessário para futuras inovações de SI, quando as capacidades do atual sistema de informação existente são limitadas e quando uma empresa esta reduzindo seu tamanho.
A decisão de terceirizar é geralmente uma resposta à redução de tamanho, que leva a uma diminuição de número de funcionários e administradores, equipamentos e sistemas e ate mesmo funções e departamentos. A terceirização permite que uma empresa diminua o tamanho de seu departamento de SI e alivie situações financeiras complicadas, por meio da redução da folha de pagamento e outras despesas.
A principal desvantagem da terceirização é que os dados ficam em poder de terceiros, que poderão eventualmente ter acesso a eles, embora isso não seja normal. Se os dados forem todos encriptados com strong cryptography (128 bits ou mais), por meio do PG (Pretty Good Privacy), o sigilo será mantido. Outra desvantagem é quando uma empresa terceiriza o desenvolvimento, funcionários-chave do setor de sistemas de informação com experiência em funções técnicas e comerciais tornam se desnecessários. Uma vez que esses funcionários deixam a empresa, sua experiência dentro da organização e suas habilidades com sistemas de informação e perdida. Além disso, terceirização projetos grandes e complexos pode sair caros em longo prazo.

Algumas Revoluções Tecnológicas
A TV de banda muito larga, permitindo assistir ao mesmo tempo a três canais em três telas diferentes, sem cabos nem fios de antena (tecnologia Wi-Fi). Acesso à internet sem fio, com alcance de 50 km, a velocidades bem maiores que a dos atuais cabos coaxiais ou linhas digitais. Tecnologia Wi-Max. Software anti-spam que funciona, obrigando os remetentes a se identificarem, antes de enviar os e-mails. Modelos para proteínas em computador, facilitando a descoberta de novos remédios para a cura de enfermidades.

            Grandes administradores como Bill Gates e Steve Jobs deram a devida importância à análise do futuro como um todo, visto que suas respectivas corporações se tornaram mundialmente conhecidas e gigantes. O desenvolvimento dos Sistemas de Informação e suas melhorias foram – e sempre serão – de extrema necessidade para qualquer tomada de decisão nessas empresas e em qualquer outra. Os administradores em geral precisam ter a certeza de que sem esses sistemas, suas organizações não existiriam. Portanto, expor em paralelo a importância da análise do futuro e dos Sistemas de Informação deixará qualquer administrador próximo ao sucesso. 

Grupo 07:

André Patriota
Maria Patrícia
Renata Fernandes

Nenhum comentário:

Postar um comentário