Todos os responsáveis
pelo comando de uma organização necessitam pesquisar sobre o futuro, porque têm
que determinar um objetivo a ser atingido no longo prazo.
A regra geral tem sido:
o executivo que acertar suas previsões, percebendo as constantes mudanças de
rota do mercado, poderá conseguir muito dinheiro (exemplo: Bill Gates, da
Microsoft). O executivo que errar, será substituído.
Mas, como não se pode
contar com uma “bola de cristal”, tais previsões estão sempre sujeitas a
diversos erros. Por isso que pensar no futuro dos Sistemas de Informação se faz
necessário, pois são eles que garantem a sobrevivência das organizações e corporações
de todo o mundo.
O
Choque do Futuro
Nos
anos 60, Alvin Toffler, sociólogo, realizou um estudo sobre o que se poderia
esperar do futuro. Reconheceu algumas possíveis realizações: crescimento
explosivo dos computadores, aparecimento do PC, agentes eletrônicos, realidade
virtual, redes eletrônicas globais, gravador de DVD, TV a cabo, entre outras
ideias consideradas absurdas. Seu livro, “O choque do futuro”, virou best-seller, a partir do momento que
essas coisas começaram a concretizar-se. Aqui, choque refere-se à questão de que as pessoas não conseguem
acompanhar o rápido desenvolvimento da tecnologia, bem como suas consequências:
1) sensação de estar perdido entre as máquinas, ou estar sendo “devorado” por
elas (exemplo: filme “Tempos modernos”, de Charles Chaplin, referente à
Revolução Industrial); 2) frustração de não saber operar os equipamentos,
ocasionando erros; 3) incapacidade de acompanhar os cursos de reciclagem e
treinamento – sensação de sou meio burro;
4) desemprego tecnológico, como resultado dessas não adaptações.
“A
terceira onda”, também de Toffler, foi escrito nos anos 80, e apontou que
ocorreram três grandes revoluções na história da humanidade: a) a Primeira onda, da Agricultura, há cerca
de 10.000 anos, trouxe o alimento até as pessoas (nômades), possibilitando a
criação de cidades; b) na Segunda onda
ocorreu a substituição dos músculos humanos pelas máquinas, na Revolução
Industrial, onde se tornou mais importante o cérebro do que indivíduos
musculosos e fortes; c) na Terceira onda
existe a substituição do cérebro pelas máquinas (ainda não totalmente
consolidada), na Era da Informação ou Pós-Industrial. Essa Nova Era, com o
reforço da Internet globalizada, veio para ficar.
Computadores
e Internet geram desemprego?
Sempre
que ocorrem revoluções tecnológicas, essa questão bastante antiga surge. Foi
debatida no século XIX, durante a revolução Industrial; com a criação do
computador Na Segunda Guerra; com a propagação do PC nas organizações, em 1982;
e hoje, com a Internet.
Numa primeira impressão, a
tecnologia realmente gera desemprego, quando, por exemplo, um computador
ocasiona a demissão de todas as pessoas responsáveis pelos cálculos da folha de
pagamento. Porém, esse mesmo computador vai criar empregos novos (como
engenheiros eletrônicos digitais, analistas e programadores, gerentes de
informática, programadores de linhas de montagem, entre tantos outros).
É
praticamente impossível separar a influência da tecnologia na geração de
emprego. Partindo de uma visão macroeconômica, existem outras variáveis que se
misturam na equação do desemprego:
- Recessão, quando de repente as vendas
começam a cair;
- Crescimento populacional, quando a
população cresce mais que as vendas (PIB) ao ano;
- Mudança de hábitos de consumo, quando as
pessoas param de fumar, causando demissão de funcionários da indústria do fumo
e redução de impostos para o Governo;
- Aumento de produtividade, como foi a
criação da linha de produção por Henry Ford, o que exigia menos operários para
montar os carros;
- Guerras, que acabam com a economia, como
na Europa, em 1943;
- Mudanças naturais, como sumiram os
peixes nas costas peruanas, anos 70, o que eliminou a indústria do pescado;
- Maioria da população jovem, que não são
absorvidas pelo mercado de trabalho, o que acontece em países subdesenvolvidos;
- Erros educacionais, por exemplo, o
Brasil, com número excedente de advogados e poucos técnicos especializados para
indústrias;
- Excessiva e cara burocracia
governamental, consequência de legislação obsoleta, o que não estimula as
organizações a contratarem funcionários formalmente (com carteira assinada);
- Falta de incentivo para empresários
abrirem novas empresas, por causa de instabilidade política e social, impostos
exorbitantes, corrupção no Governo e na polícia, justiça morosa e inútil,
sequestros e assaltos no geral;
- Movimento migratório do campo e das
indústrias para o setor de serviços, onde o destaque especial é no
processamento das informações.
Existem pessoas que
defendem a ideia de que são os computadores responsáveis pelo desemprego. Caso
isso seja realmente verdade, para que a situação não fique fora de controle, é
necessária a implementação de mecanismos compensatórios (como o
seguro-desemprego).
Profissões
Novas e Obsoletas
Mesmo que a Internet
afete algumas profissões (vendedores, corretores, secretárias, bancários,
telefonistas etc.), ela também fará surgir outras.
O que virá a acontecer é o desemprego tecnológico, onde entre a extinção e a criação de uma
profissão, alguns indivíduos não se localizarão; alguns perceberão que sua
especialidade não é mais procurada, enquanto outros não possuirão habilidades
adequadas.
Boa parte dos
desempregados, no geral os mais jovens, buscará reciclagem (procurando nova
profissão ou atualização de conhecimentos). Os demais, no geral mais idosos,
indispostos para assistir aulas, estarão sem emprego.
O fundamental é que os
jovens optem por uma profissão baseados nos próximos 20 ou 30 anos, e não na
situação atual. Quem escolher uma carreira baseado no que existe hoje, correrá
o risco de ter de passar por uma reciclagem futuramente, caso queira manter o
emprego.
As escolas também
necessitam passar por esse processo de reciclagem. Alguns sindicalistas afirmam
que essas escolas acabam por formar jovens destinados ao desemprego, uma vez
que qualificam os estudantes para profissões que logo serão extintas.
A seguir são listados alguns cursos
obsoletos:
- Desenho Industrial baseado em régua,
compasso e tinta nanquim;
- Cursos de Contabilidade baseados em
lápis, papel e calculadora;
- Organização e Métodos em escolas de
administração;
- Cursos de Direito que ignoram a complexa
realidade jurídica do mundo virtual;
- Cursos de Medicina que ignoram o
diagnóstico feito pela inteligência artificial.
As novas profissões do século XXI:
- Administrador de sistemas de acesso à
internet;
- Administrador de sites da internet;
- Administrador especializado em home
banking e em transferência de fundos;
- Administrador especializado em marketing
virtual;
- Advogado, promotor e juiz especializados
em internet;
- Analista e programador especializados em
redes internet;
- Analista e programador especializados em
realidade virtual;
- Analista e programador especializados em
linguagens HTML, DHTML e XML;
- Analista e programador especializados em
banco de dados para a internet;
- Economista e financista especializados
em empresas virtuais;
- Engenheiro de segurança da internet;
- Engenheiro de telecomunicações via
internet;
- Engenheiro e técnico de redes intranet e
extranet;
- Engenheiro projetista de sites da
internet;
- Engenheiro projetista de hardware para a
internet;
- Engenheiro projetista de software para a
internet;
- Filósofo, sociólogo psicólogo e pedagogo
especializados em realidade virtual;
- Matemático e estatístico especializados
em sistemas dinâmicos complexos não lineares;
- Médico, dentista e veterinário
especializados em consultas e cirurgias pela internet;
- Professor especializado em ensino
virtual;
- Web designer;
- Webmaster;
- White hacker.
O
Grande Irmão
Em 1948, George Orwell
(1903 – 1950), um escritor inglês, produziu um livro chamado 1984, mostrando
uma sociedade em que a elite tecnológica ultra-eficiente (“O Grande Irmão”)
controlava tudo, espionando a vida íntima da população e transformando os
dissidentes em não existentes. Nos
dias atuais, é possível perceber que os Governos criaram – e ainda estão
criando – um número único para cada cidadão, permitindo juntar todos os seus
registros (sejam estes financeiros, policiais, civis, etc.) em um único banco
de dados federal. É o fim da privacidade individual. As escutas telefônicas, as
invasões dos computadores por programas de agências de publicidade e do
governo, o controle da conta bancária pela Receita Federal, abolindo o antigo
sigilo bancário, e os satélites espiões rastreando a Terra o tempo todo são
exemplos de um Grande Irmão ainda em sua infância.
O risco do Grande Irmão
é real. E a razão é simples. Imagine um pequeno empresário que cria, na garagem
de sua casa, como Steve Jobs fez com seu microcomputador Apple, uma indústria
nascente. No início, Jobs controla tudo: a produção, as finanças, o marketing e
a administração em geral. Seus funcionários são conhecidos e amigos. A
burocracia é mínima.
Mas, seu negócio é um
sucesso e ele começa a crescer. Já não consegue controlar tudo. Novos
funcionários são contratados e a firma vai se expandindo. Os métodos informais
já não funcionam. A empresa começa a ficar complexa demais, e entram então em
campo a automação, os computadores, os robôs, os grandes Sistemas de Informação
e os bancos de dados, coletando informações sobre tudo e todos. O Grande Irmão
se instala como forma de o executivo manter o controle sobre a organização.
Na escala social, o
fenômeno é semelhante. A população cresce demasiadamente, e os governos já não
conseguem controlar massas como antigamente. Começaram, então, a criar os
bancos de dados federais e a espionar cada vez mais a população. A TV,
principalmente, encarrega-se do controle das mentes, conduzindo os pensamentos
de acordo com os interesses das grandes empresas, com técnicas poderosas de
estratégia. O Grande Irmão é resultado do agigantamento das instituições.
Espera-se que no futuro este ambiente não seja ideal. Mas, já existem algumas
pistas indicando essa direção. Exemplos concretos são o sistema Carnivore, do
FBI, especializado em rastrear qualquer tipo de comunicação eletrônica, e o
Echelon, um banco de dados ultrassecreto da Agência Nacional de Segurança dos
Estados Unidos, que oficialmente não existe.
Integração
das Mídias e a Comunicação Sem Fio
Em um passado não muito
distante, Bill Gates afirmou que a tendência no futuro seria a integração, em
um único equipamento, dos vários dispositivos de transmissão de voz, dados,
imagem e som (como a TV), do computador, equipamento de som, câmeras fotográficas,
telefone fixo ou celular e rádio AM e FM. Hoje se pode encontrar esse movimento
nos telefones celulares e palmtops, tablets e outros aparelhos de última
geração, que podem enviar e receber e-mails, receber e emitir voz, acessar a
Internet, tirar fotos, sintonizar rádio, além de utilizar diversos outros
aplicativos, etc.
Junto com a integração
das mídias, veio o mundo da comunicação sem fio (wireless), onde os
equipamentos interagem por meio de ondas de rádio ou infravermelhas. A alimentação energética se dá por minúsculas
baterias solares, sem fios para ligar nas tomadas. Esse tipo de tecnologia já
está presente em diversos equipamentos, como impressoras, telefones celulares,
mouses, fones de ouvido, etc.
Divisão
Digital
Divisão digital foi o
nome dado para o fato de haver pessoas que não têm acesso nem à internet nem
aos computadores, como analfabetos e as tribos africanas. A divisão digital é
fruto do atraso econômico, quanto mais adiantado um país, menor a divisão digital.
No entanto, a
Inglaterra viu uma maneira de reduzir esse problema, oferecendo um PC de US$
1400 de graça para cada lar inglês, mas o beneficiado deverá usá-lo durante
pelo menos 30 horas por mês, e a cada 20 minutos de uso verá 1 minuto de
propaganda comercial.
Terceirizar
ou Fazer em Casa?
Há duas possibilidades
de gerenciamento de Sistemas de Informação, a primeira é ter uma estrutura
própria, dentro do organograma da empresa, a segunda é terceirizar os serviços,
por meio de empresa especializada.
A principal vantagem da
terceirização é que a empresa poderá se dedicar melhor ao seu core business, ou objetivo, deixando a
complexa tarefa de administrar os sistemas a cargo de uma empresa
especializada. Isso evita o consumo de energia mental em atividades alheias à
finalidade da empresa, caso contrario, ela terá de se especializar também em
Sistemas de Informação. A empresa deve terceirizar o desenvolvimento do Sistema
de Informação quando uma companhia acredita que pode cortar gastos, quando as
oportunidades para que a empresa destaque competitivamente em função de
determinada operação de sistemas de informação ou aplicação forem muito
limitadas, quando a terceirização não tira da empresa o saber técnico
necessário para futuras inovações de SI, quando as capacidades do atual sistema
de informação existente são limitadas e quando uma empresa esta reduzindo seu
tamanho.
A decisão de
terceirizar é geralmente uma resposta à redução de tamanho, que leva a uma
diminuição de número de funcionários e administradores, equipamentos e sistemas
e ate mesmo funções e departamentos. A terceirização permite que uma empresa
diminua o tamanho de seu departamento de SI e alivie situações financeiras
complicadas, por meio da redução da folha de pagamento e outras despesas.
A principal desvantagem
da terceirização é que os dados ficam em poder de terceiros, que poderão
eventualmente ter acesso a eles, embora isso não seja normal. Se os dados forem
todos encriptados com strong cryptography
(128 bits ou mais), por meio do PG (Pretty Good Privacy), o sigilo será
mantido. Outra desvantagem é quando uma empresa terceiriza o desenvolvimento,
funcionários-chave do setor de sistemas de informação com experiência em
funções técnicas e comerciais tornam se desnecessários. Uma vez que esses
funcionários deixam a empresa, sua experiência dentro da organização e suas
habilidades com sistemas de informação e perdida. Além disso, terceirização
projetos grandes e complexos pode sair caros em longo prazo.
Algumas
Revoluções Tecnológicas
A TV de banda muito
larga, permitindo assistir ao mesmo tempo a três canais em três telas
diferentes, sem cabos nem fios de antena (tecnologia Wi-Fi). Acesso à internet
sem fio, com alcance de 50 km, a velocidades bem maiores que a dos atuais cabos
coaxiais ou linhas digitais. Tecnologia Wi-Max. Software anti-spam que
funciona, obrigando os remetentes a se identificarem, antes de enviar os
e-mails. Modelos para proteínas em computador, facilitando a descoberta de
novos remédios para a cura de enfermidades.
Grandes
administradores como Bill Gates e Steve Jobs deram a devida importância à
análise do futuro como um todo, visto que suas respectivas corporações se
tornaram mundialmente conhecidas e gigantes. O desenvolvimento dos Sistemas de
Informação e suas melhorias foram – e sempre serão – de extrema necessidade
para qualquer tomada de decisão nessas empresas e em qualquer outra. Os
administradores em geral precisam ter a certeza de que sem esses sistemas, suas
organizações não existiriam. Portanto, expor em paralelo a importância da
análise do futuro e dos Sistemas de Informação deixará qualquer administrador
próximo ao sucesso.
Grupo 07:
André Patriota
Maria Patrícia
Renata Fernandes